Ceux Qui Ne Pensent Pas Comme Nous (tradução)

Original


Jean Bertola

Compositor: Georges Brassens

Quando não se está de acordo com o craque em versão
Que, entre os sorbonários, estudou humanidades
Murmura-se in petto: É um verdadeiro Nicodemo
Um parvo, um patife, um belo asno chapado.
Eu, que tomei aulas entre a corja argótica
Digo, nesse caso, desculpem-me o jargão
Se a forma mudou, o fundo continua idêntico
Os que não pensam como nós são imbecis

Que entre nós seja dito, gente boa
Para se reconhecer
Que não se é inteligente
Seria preciso o ser
Que entre nós seja dito, gente boa
Para se reconhecer
Que não se é inteligente
Seria preciso o ser

Dando uma de ingênuo, o pai de Cândido
O genial Voltaire, em substância, escreveu
Que ele sofria com prazer, esplêndida complacência
Que não se conformassem ao seu parecer
Vós proferis, Senhor, enormes idiotices
Mas, até a morte, eu lutaria para que
Vos deixassem falar. Ide esperar-me sentado!
Os que não pensam como nós são imbecis

Que entre nós seja dito, gente boa
Para se reconhecer
Que não se é inteligente
Seria preciso o ser
Que entre nós seja dito, gente boa
Para se reconhecer
Que não se é inteligente
Seria preciso o ser

Se uma guerra civil não é desencadeada
Quando um infeliz me contraria, é, sejamos francos
Um pouco por simpatia, por cortesia servil
Um pouco pela vaidade de parecer tolerante
Um pouco por temor também de que essa besta-fera
Pega de mau-humor saia dos trilhos
Para enfiar, com porradas, seu credo na minha cabeça
Os que não pensam como nós são imbecis

Que entre nós seja dito, gente boa
Para se reconhecer
Que não se é inteligente
Seria preciso o ser
Que entre nós seja dito, gente boa
Para se reconhecer
Que não se é inteligente
Seria preciso o ser

A moral de meu pequeno estribilho
Parece supérfluo explicitá-la a vocês
Ela é lógica, está inclusa nela mesma
É preciso escolher entre duas eventualidades
Não se faz alternativa mais fácil
Os que gostam dela, por Deus, são espíritos fecundos
Os que não gostam, pobres imbecis
Os que não pensam como nós são imbecis

Que entre nós seja dito, gente boa
Para se reconhecer
Que não se é inteligente
Seria preciso o ser
Que entre nós seja dito, gente boa
Para se reconhecer
Que não se é inteligente
Seria preciso o ser

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