Compositor: Georges Brassens
Que lástima! Se eu tivesse podido adivinhar que vossos encantos
Escondiam, sorrateiramente, Senhora, uma profusão de ouriços
Teria limitado meu ardor a inocentes jogos amorosos
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Tão malvada com belos seios?
Teria limitado meu ardor a inocentes jogos amorosos
Minha mão não teria deixado o cravo um só instante
Eu ter-me-ia permitido um madrigal, não mais que isso
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Tão malvada com belos seios?
Quando, como vós, se recebeu tanta graça na partilha
É triste arquitetar tão maus desígnios no fundo do coração
Estragais o ofício de bela, e isso é sabotagem
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Tão malvada com belos seios?
Estragais o ofício de bela, e isso é sabotagem
E sucumbo ou quase perante vosso encanto assassino
Eu, que, logo, vou atingir o limite de idade
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Tão malvada com belos seios?
Eu, que, logo, vou atingir o limite de idade
Meu recurso derradeiro é entrar para os capuchinhos
Pois vós me destruístes, aniquilastes como Cártago
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Pode-se ser tão malvada com belos seios?
Tão malvada com belos seios?